Publicado 23/04/2020 - Atualizado 24/06/2021
Descrição
Instrumento em formato retangular, em metal na cor marrom, com tampa com abertura para baixo por meio de dobradiças. Na parte superior, com a tampa aberta, sequência de quatro entradas em metal dispostas em linha, com as inscrições "0.15A", "1,5A" e "+" da esquerda para direita respectivamente. Abaixo, painel em metal na cor preta contendo, no lado esquerdo, duas entradas na cor preta dispostas em linha com as inscrições "150V" e "15V". No lado direito, duas entradas na cor preta dispostas em linha, com as inscrições "3V" e "+". Ainda no painel, ao centro, mostrador na cor branca protegida por vidro com ponteiro metálico, escala em semicírculo para marcação de intensidade de corrente (A) e tensão (V), e a inscrição "WESTON D.C. VOLT-AMMETER" na cor preta. Lateral esquerda com quatro pés de borracha na cor preta. Parte posterior com fecho metálico para trancamento da tampa. Lateral direita com par de presilhas metálicas. Instrumento contendo, na parte superior, cobertura em madeira com a metade inferior fixa e a metade superior articulada por meio de par de dobradiças metálicas formando uma tampa. Na metade fixa, placa metálica com informações sobre o instrumento e sobre o fabricante "MADE BY THE / WESTON ELECTRICAL INSTRUMENT CORP. / NEWARK, N.J., U.S.A. / PATENTED / MODEL 45 NO. 40158". Na parte interna da tampa, painel em papel protegido por plástico com instruções para o correto uso do instrumento.
Tipo de Acervo
Número de identificação
mtcom017358
Classe Genérica
Classe Específica
Item (objeto)
Multímetro analógico para corrente contínua
Título
Multímetro analógico para corrente contínua modelo 45
Data
Ano
1931
Década
Material
Látex (borracha) | Madeira | Metal | Papel | Plástico
Técnica
Dimensão 1
A 21.0 x L 10.0 x C 24.5 cm
País de Origem
Estado de Origem
Município/Cidade de Origem
Pesquisa Museológica
Mede, quantifica ou avalia diferentes tipos de grandezas elétricas. Hans Christian Oersted, um físico e químico dinamarquês que viveu de 1777 a 1851 descobriu que uma corrente elétrica pode atuar a distancia, movimentando uma agulha imantada e consequentemente mudando sua direção. Este princípio foi o primeiro passo para o aprofundamento nos estudos da eletrodinâmica e em seguida do eletromagnetismo. Com o aperfeiçoamento dessa ideia, foram desenvolvidos os primeiros instrumentos capazes de indicar a passagem de correntes elétricas pelos condutores e inclusive medir sua intensidade. Basicamente, o multímetro é formado por um sistema composto por uma agulha presa a uma bobina construída em um tambor que se rotaciona em um eixo, sendo cortados pelo campo magnético de um imã permanente fixado ao redor desse sistema. Ao aplicarmos uma corrente elétrica sobre a bobina, o campo magnético gerado interage com o campo magnético do imã permanente e movimenta o tambor e consequentemente a agulha. A ponta da agulha é sobreposta a uma escala, possibilitando a medição. Uma mola espiral é acrescentada ao sistema para garantir que a agulha retorne a posição inicial quando a interação entre os campos magnéticos desaparece. A força gerada pela interação entre os campos magnéticos é contraposta a força imposta pela mola, desta forma, quanto maior a força gerada pela interação, diretamente proporcional a corrente aplicada, mais a mola se deforma e mais o ponteiro se movimenta. Este sistema básico de funcionamento é o princípio utilizado pela maioria dos instrumentos que medem grandezas elétricas de forma analógica. O multímetro é capaz de medir diferentes tipos de grandezas elétricas, isto porque, junto desse sistema, alguns circuitos auxiliares são utilizados. Para a medição de intensidades de correntes elétricas (A), deve-se posicionar o instrumento em série com o resto do circuito, garantindo assim que a corrente de entrada no circuito seja a mesma que passa pelo multímetro. Circuitos internos compostos por grupos de resistores colocados em paralelo com o sistema principal do instrumento (divisores de corrente) são utilizados para modificar o fundo da escala escolhida, permitindo a leitura de correntes muito baixas, na escala dos µA até correntes com intensidades elevadas, na escala do kA. No multímetro em questão existem dois fundos de escala, o mA e o A. Esta escolha é feita girando-se a chave seletora. Para as medições de tensão elétrica (V), deve-se posicionar o instrumento em paralelo com o circuito a ser medido, garantindo que a tensão aplicada no circuito seja a mesma aplicada ao instrumento. Pelo principio elétrico conhecido como Lei de Ohm, a tensão elétrica total de um circuito é igual a multiplicação da corrente elétrica total que atravessa esse circuito pela resistência total do circuito (V=Ri). Com base nesse principio, é feita a construção do circuito medidor de tensão. Internamente no multímetro, é utilizado um grupo de resistências de valor altíssimo, que quando posto em paralelo, com o circuito a ser medido, devido ao seu alto valor, não recebem quantidade significativa de corrente assim não alterando a intensidade da corrente que passa pelo circuito alvo da medição. Da mesma forma que o circuito medidor de intensidade de corrente, o ponteiro se move pela escala, a partir desse movimento, o instrumento compara a parte da corrente que continuou fluindo pelo circuito com a pequena parte da corrente que passou a passar pelo conjunto de resistências do multímetro e, através da Lei de Ohm, determina o valor da tensão aplicada no circuito. O cálculo feito com base na Lei tem seu resultado pronto previamente mostrado no fundo de escala correspondente a Tensão elétrica (V). Para a medição do valor da resistência do circuito (Ω), basta que com o circuito desligado, ligar as pontas de prova do multímetro nos pontos do circuito referentes ao começo e ao final da resistência total a ser medida. Uma bateria interna do multímetro fornece uma intensidade de corrente a um valor de tensão conhecido (valor da bateria). Pela Lei de Ohm, sabe-se que com a tensão constante, o valor da intensidade da corrente elétrica é inversamente proporcional ao valor da resistência (R=V/i), assim, quanto maior for a resistência que está sendo medida, menor será a corrente a passar pelo circuito e, consequentemente, menor será o deslocamento do ponteiro na escala. Desta forma, a escala para a medição do valor da resistência tem o maior valor na esquerda e o menor valor na direita. Este multímetro tem comutação (troca da função) realizada por meio de um conjunto de entradas, assim, escolhendo as entradas a serem utilizadas, escolhemos o circuito auxiliar adequado ao tipo de medição a ser realizada. Devido a este tipo de solução, o multímetro em questão recebe o nome de Multímetro analógico de comutação por plugue. Referências: Multímetro - disponível em: ; Como funciona o multímetro (INS069) - disponível em: < ;" target="_blank" title="https://www.newtoncbraga.com.br/index.php/instrumentacao/108-artigos-diversos/1899-ins069>;">https://www.newtoncbraga.com.br/index.php/instrumentacao/108-artigos-diversos/1899-ins069>; Hans Christian Oersted - disponível em: < ." target="_blank" title="https://pt.wikipedia.org/wiki/Hans_Christian_%C3%98rsted>.">https://pt.wikipedia.org/wiki/Hans_Christian_%C3%98rsted>.
Palavras Chave
Corrente contínua | Multímetro analógico | Weston Electrical Instrument Corp.