Publicado 23/04/2020 - Atualizado 27/10/2021
Descrição
Instrumento de madeira em formato retangular. Parte superior possui, ao centro, dobradiças em metal que tornam a metade superior desta parte articulada, funcionando como uma tampa. A metade inferior, fixa, possui um botão giratório de formato circular na cor preta. Ainda na parte superior, a metade articulada protege um mostrador de formato retangular na cor branca, protegido por vidro, com ponteiro em metal na cor preta, escala em semicírculo e um pequeno mostrador circular que indica o objeto de medição, podendo variar entre "V~", "MA~" ou "MA-/V-". Por dentro da parte articulada, placa metálica na cor preta com escala indicando a variação da medição de acordo com a frequência. A parte articulada é mantida fechada por meio de uma trava em metal. Lateral esquerda da caixa possui parafuso que segura alça de couro. Lateral direita com parafuso que segura alça de couro e com chave seletora de três posições, utilizada para escolha do objeto da medição. Parte posterior com seis bornes de entrada referentes às inscrições "-", "450MV", "3V", "150V" e "300V". Parte frontal com quatro pés de borracha de cor preta. Base com quatro pés em borracha na cor preta e com painel em acrílico na cor preta, contendo esquemas indicando o correto uso do instrumento.
Tipo de Acervo
Número de identificação
mtcom017351
Classe Genérica
Classe Específica
Item (objeto)
Multímetro
Objeto
Título
Multímetro Analógico Siemens
Data
Técnica
Dimensão 1
A 10.4 x L 16 x C 19 cm
Pesquisa Museológica
Funcionamento: Basicamente, o multímetro é formado por um sistema composto por uma agulha presa a uma bobina construída em um tambor que se rotaciona em um eixo, sendo cortados pelo campo magnético de um imã permanente fixado ao redor desse sistema. Ao aplicarmos uma corrente elétrica sobre a bobina, o campo magnético gerado interage com o campo magnético do imã permanente e movimenta o tambor e consequentemente a agulha. A ponta da agulha é sobreposta a uma escala, possibilitando a medição. Uma mola espiral é acrescentada ao sistema para garantir que a agulha retorne a posição inicial quando a interação entre os campos magnéticos desaparece. A força gerada pela interação entre os campos magnéticos é contraposta a força imposta pela mola, desta forma, quanto maior a força gerada pela interação, diretamente proporcional a corrente aplicada, mais a mola se deforma e mais o ponteiro se movimenta. Este sistema básico de funcionamento é o princípio utilizado pela maioria dos instrumentos que medem grandezas elétricas de forma analógica. O multímetro é capaz de medir diferentes tipos de grandezas elétricas, isto porque, junto desse sistema, alguns circuitos auxiliares são utilizados. Para a medição de intensidades de correntes elétricas (A), deve-se posicionar o instrumento em série com o resto do circuito, garantindo assim que a corrente de entrada no circuito seja a mesma que passa pelo multímetro. Circuitos internos compostos por grupos de resistores colocados em paralelo com o sistema principal do instrumento (divisores de corrente) são utilizados para modificar o fundo da escala escolhida, permitindo a leitura de correntes muito baixas, na escala dos µA até correntes com intensidades elevadas, na escala do kA. No multímetro em questão existem dois fundos de escala, o mA e o A. Esta escolha é feita girando-se a chave seletora. Para as medições de tensão elétrica (V), deve-se posicionar o instrumento em paralelo com o circuito a ser medido, garantindo que a tensão aplicada no circuito seja a mesma aplicada ao instrumento. Pelo principio elétrico conhecido como Lei de Ohm, a tensão elétrica total de um circuito é igual a multiplicação da corrente elétrica total que atravessa esse circuito pela resistência total do circuito (V=Ri). Com base nesse principio, é feita a construção do circuito medidor de tensão. Internamente no multímetro, é utilizado um grupo de resistências de valor altíssimo, que quando posto em paralelo, com o circuito a ser medido, devido ao seu alto valor, não recebem quantidade significativa de corrente assim não alterando a intensidade da corrente que passa pelo circuito alvo da medição. Da mesma forma que o circuito medidor de intensidade de corrente, o ponteiro se move pela escala, a partir desse movimento, o instrumento compara a parte da corrente que continuou fluindo pelo circuito com a pequena parte da corrente que passou a passar pelo conjunto de resistências do multímetro e, através da Lei de Ohm, determina o valor da tensão aplicada no circuito. O cálculo feito com base na Lei tem seu resultado pronto previamente mostrado no fundo de escala correspondente a Tensão elétrica (V). Para a medição do valor da resistência do circuito (Ω), basta que com o circuito desligado, ligar as pontas de prova do multímetro nos pontos do circuito referentes ao começo e ao final da resistência total a ser medida. Uma bateria interna do multímetro fornece uma intensidade de corrente a um valor de tensão conhecido (valor da bateria). Pela Lei de Ohm, sabe-se que com a tensão constante, o valor da intensidade da corrente elétrica é inversamente proporcional ao valor da resistência (R=V/i), assim, quanto maior for a resistência que está sendo medida, menor será a corrente a passar pelo circuito e, consequentemente, menor será o deslocamento do ponteiro na escala. Desta forma, a escala para a medição do valor da resistência tem o maior valor na esquerda e o menor valor na direita. A comutação (troca de função) desse multímetro é feita através de um conjunto de chaves seletoras, que devem ser ajustadas antes de cada medição, afim de que o instrumento utilize os circuitos auxiliares corretos. Devido a essa solução, este instrumento recebe o nome de multímetro analógico de comutação por chave.