Publicado 23/04/2020 - Atualizado 24/06/2021
Descrição
Instrumento em formato retangular, em plástico na cor preta. Parte superior possui, no canto superior esquerdo, entrada na cor preta com inscrição encava "-" e, no canto superior direito, entrada na cor preta com inscrição encava "+". Ao centro, sequência de dez entradas, todas para medição de corrente, dispostas em duas linhas e cinco colunas com as inscrições "1MA", "10MA", "100MA", "1A", "10A", "3MA", "30MA", "300MA", "3A","30A", cada uma abaixo de uma entrada, da esquerda para direita respectivamente. Abaixo, sequência de sete entradas, todas para medição de tensão, dispostas em linha com as inscrições "50MV", "3V", "10V", "30V", "100V", "300V", "1000V", cada uma abaixo de uma entrada, da esquerda para direita respectivamente. Abaixo, mostrador na cor branca protegido por vidro, com ponteiro metálico pintado de vermelho, duas escalas em semicírculo para medição de corrente (A) e tensão (V) e inscrição "V-A/YOKOGAWA ELETRIC WORKSLTD.". Abaixo do mostrador, parafuso na cor preta com a função de regular a marcação do ponteiro. Base em plástico na cor preta contendo quatro pés de borracha na cor preta, respiradouro e placa metálica com a inscrição "YEW 1972/NO.M2F 5402".
Tipo de Acervo
Número de identificação
mtcom017347
Classe Genérica
Classe Específica
Item (objeto)
Multímetro analógico
Objeto
Título
Multímetro analógico modelo 2012
Data
Ano
1972
Década
Material
Látex (borracha) | Metal | Plástico | Vidro
Técnica
Dimensão 1
A 12.2 x L 17.3 x C 26.0 cm
País de Origem
Município/Cidade de Origem
Pesquisa Museológica
Mede, quantifica ou avalia diferentes tipos de grandezas elétricas. Hans Christian Oersted, um físico e químico dinamarquês que viveu de 1777 a 1851 descobriu que uma corrente elétrica pode atuar a distancia, movimentando uma agulha imantada e consequentemente mudando sua direção. Este princípio foi o primeiro passo para o aprofundamento nos estudos da eletrodinâmica e em seguida do eletromagnetismo. Com o aperfeiçoamento dessa ideia, foram desenvolvidos os primeiros instrumentos capazes de indicar a passagem de correntes elétricas pelos condutores e inclusive medir sua intensidade. Basicamente, o multímetro é formado por um sistema composto por uma agulha presa a uma bobina construída em um tambor que se rotaciona em um eixo, sendo cortados pelo campo magnético de um imã permanente fixado ao redor desse sistema. Ao aplicarmos uma corrente elétrica sobre a bobina, o campo magnético gerado interage com o campo magnético do imã permanente e movimenta o tambor e consequentemente a agulha. A ponta da agulha é sobreposta a uma escala, possibilitando a medição. Uma mola espiral é acrescentada ao sistema para garantir que a agulha retorne a posição inicial quando a interação entre os campos magnéticos desaparece. A força gerada pela interação entre os campos magnéticos é contraposta a força imposta pela mola, desta forma, quanto maior a força gerada pela interação, diretamente proporcional a corrente aplicada, mais a mola se deforma e mais o ponteiro se movimenta. Este sistema básico de funcionamento é o princípio utilizado pela maioria dos instrumentos que medem grandezas elétricas de forma analógica. O multímetro é capaz de medir diferentes tipos de grandezas elétricas, isto porque, junto desse sistema, alguns circuitos auxiliares são utilizados. Para a medição de intensidades de correntes elétricas (A), deve-se posicionar o instrumento em série com o resto do circuito, garantindo assim que a corrente de entrada no circuito seja a mesma que passa pelo multímetro. Circuitos internos compostos por grupos de resistores colocados em paralelo com o sistema principal do instrumento (divisores de corrente) são utilizados para modificar o fundo da escala escolhida, permitindo a leitura de correntes muito baixas, na escala dos µA até correntes com intensidades elevadas, na escala do kA. No multímetro em questão existem dois fundos de escala, o mA e o A. Esta escolha é feita girando-se a chave seletora. Para as medições de tensão elétrica (V), deve-se posicionar o instrumento em paralelo com o circuito a ser medido, garantindo que a tensão aplicada no circuito seja a mesma aplicada ao instrumento. Pelo principio elétrico conhecido como Lei de Ohm, a tensão elétrica total de um circuito é igual a multiplicação da corrente elétrica total que atravessa esse circuito pela resistência total do circuito (V=Ri). Com base nesse principio, é feita a construção do circuito medidor de tensão. Internamente no multímetro, é utilizado um grupo de resistências de valor altíssimo, que quando posto em paralelo, com o circuito a ser medido, devido ao seu alto valor, não recebem quantidade significativa de corrente assim não alterando a intensidade da corrente que passa pelo circuito alvo da medição. Da mesma forma que o circuito medidor de intensidade de corrente, o ponteiro se move pela escala, a partir desse movimento, o instrumento compara a parte da corrente que continuou fluindo pelo circuito com a pequena parte da corrente que passou a passar pelo conjunto de resistências do multímetro e, através da Lei de Ohm, determina o valor da tensão aplicada no circuito. O cálculo feito com base na Lei tem seu resultado pronto previamente mostrado no fundo de escala correspondente a Tensão elétrica (V). Para a medição do valor da resistência do circuito (Ω), basta que com o circuito desligado, ligar as pontas de prova do multímetro nos pontos do circuito referentes ao começo e ao final da resistência total a ser medida. Uma bateria interna do multímetro fornece uma intensidade de corrente a um valor de tensão conhecido (valor da bateria). Pela Lei de Ohm, sabe-se que com a tensão constante, o valor da intensidade da corrente elétrica é inversamente proporcional ao valor da resistência (R=V/i), assim, quanto maior for a resistência que está sendo medida, menor será a corrente a passar pelo circuito e, consequentemente, menor será o deslocamento do ponteiro na escala. Desta forma, a escala para a medição do valor da resistência tem o maior valor na esquerda e o menor valor na direita. O multímetro em questão pode ser utilizado apenas para a medição da intensidade da corrente elétrica e do valor da tensão elétrica, sempre em circuitos que utilizem correntes contínuas. A comutação (mudança da função do aparelho), neste caso é feita à partir da escolha das entradas referentes ao tipo de medição a ser executada, desta forma, com a escolha das entradas referentes à medição da intensidade da corrente, serão utilizados os circuitos auxiliares referentes a esse tipo de medição; com a escolha das entradas referentes à medição do valor da tensão elétrica, serão utilizados os circuitos auxiliares referentes à esse tipo de medição. Devido a esse tipo de solução, este multímetro é denominado como Multímetro analógico de comutação por plugue. Referências: Multímetro - disponível em: ; Como funciona o multímetro (INS069) - disponível em: < https:// ;" target="_blank" title="www.newtoncbraga.com.br/index.php/instrumentacao/108-artigos-diversos/1899-ins069>;">www.newtoncbraga.com.br/index.php/instrumentacao/108-artigos-diversos/1899-ins069>; Hans Christian Oersted - disponível em: .